Os males do fígado
Princípios gerais no tratamento das doenças hepáticas dos cães e gatos.
- Estrutural: são os constituintes básicos das fibras musculares, pelos, ossos, dentes e pele;
- Catalisadores: as enzimas são substâncias de origem proteica que catalisam as reações bioquímicas intra ou extracelulares do organismo. Se essas reações falhassem a vida acabaria;
- Metabolismo dos Hormônios: a insulina, por exemplo, possui como principal função o controle dos níveis de glicose no sangue. Sua carência é um dos fatores que resultam no desenvolvimento do diabetes tipo 1 e 2.
- Produção de Anticorpos: uma classe de proteínas do plasma sanguíneo, as gamaglobulinas e as imunoglobulinas, ajudam a prevenir e combater infecções e doenças.
- Histórico de ingestão de substância hepatotóxica;
- Tratamento com droga hepatotóxica;
- Crescimento deficiente, intolerância a drogas ou anestesia em animais jovens de raças predispostas;
- Gatos obesos submetidos a estresse que se tornam anoréticos.
- Infecções bacterianas e virais;
- Ingestão de substâncias tóxicas;
- Alterações na distribuição de sangue para o fígado, por doenças cardíacas ou anomalia congênita (shunt portahepático);
- Em gatos (principalmente obesos) a falta de apetite (2 ou 3 dias) pode resultar numa lipidose hepática (acumulação excessiva de gordura nas células do fígado).
- Neoplasias do próprio órgão ou derivadas de órgãos vizinhos (pâncreas, baço, trato gastrointestinal, glândulas adrenais, glândulas mamárias e pulmões).
O fígado é um órgão fundamental para o organismo, com funções muito importantes como remover as toxinas do sangue.
Principal local de metabolismo de drogas e outros componentes tóxicos, é o órgão responsável pela Destoxificação do organismo.
FUNÇÕES DO FÍGADO
- Metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas;
- Armazenamento de vitaminas, lipídios e glicogênio;
- Produção e excreção de bile para a digestão de gordura;
- Produção de fatores que regulam a coagulação;
- Age na defesa contra bactérias intestinais. Faz parte do sistema retículo endotelial;
- Produção de proteínas e colesterol.
Anormalidades clinicopatológicas que acompanham as doenças hepáticas refletem deficiências em algumas dessas funções.
Devido ao fato do fígado ter uma enorme capacidade de reserva, na maioria das vezes os sinais mais específicos só ocorrem mais tardiamente na progressão da doença.
Quando suspeitar de doenças hepáticas?
OS PRIMEIROS SINAIS
Sintomas neurológicos, renais, metabólicos, hematológicos:
* Vômito;
* Diarreia;
* Melena;
* Icterícia;
* Hepatomegalia;
* Ascite;
* Baixo escore corporal;
* Dor abdominal;
* Alteração de personalidade;
* Fraqueza, letargia;
* Desorientação, torpor, coma;
* Convulsão;
* Poliúria, dificuldade para urinar;
* Bilirrubinúria;
* Mucosas pálidas.
Avaliação clínica e laboratorial:
- Enzimologia clínica;
- Proteínas plasmáticas (ALT, AST, Fosfatase, Albumina);
- Bilirrubina, ácidos biliares;
- Amônia;
- Colesterol e triglicérides.
Ultrassonografia abdominal com Doppler (sistema porto-hepático).
Biopsia hepática (aumento persistente das enzimas hepáticas).
- Fluidoterapia: evitar desidratação, manter o equilíbrio eletrolítico (injeções subcutâneas ou intravenosas).
- Antibióticos: combater infecções secundárias (amoxicilina, penicilina, cefalexina, enrofloxacino, metronidazol).
- Corticosteroides: reduzir inflamação e a fibrose hepática, melhorar o apetite.
- Diuréticos: eliminar acúmulo de liquido abdominal, facilitar a respiração.
- Anti-ácidos: controlar vômitos, evitar úlcera gastrointestinal (cimetidina).
- Vitaminas: K (coagulação), A B C D E (antioxidantes).
- Medicamentos: Ursacol (reduzir ácidos biliares), SAMe (anti-inflamatório e regenerador).
- Dieta hepática: proteina (20%), fibras solúveis e insolúveis, minerais (reduzir sal).
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